terça-feira, 24 de março de 2009

Quem quer ser um milionário?

Até uns meses atrás, o cinema indiano se resumia ao mundo ocidental em três palavras-chaves: Bollywood, M. Night Shyamalan e Mira Nair. Isso até o Danny Boyle se entediar da sua terrinha nebulosa e levar sua câmera ágil para a Índia, onde rumou para rodar um filme. Realizador descompromissado, abraçou um projeto trivial: adaptar às telas o best-seller indiano “Q & A”, de Vikas Swarup - batizado posteriormente de Slumdog Millionaire (e por aqui Quem Quer Ser Um Milionário?). Detalhe: ele teria que fazer isso com um orçamento modesto – pouco mais de U$ 15 milhões -, e contar com elenco formado por atores locais. Ou seja, uma co-produção longe de ser ambiciosa…
Terminadas as filmagens, Quem Quer Ser Um Milionário? foi para a edição e chegou silenciosamente às salas de cinemas americanas no fim de agosto. Passados seis meses do lançamento oficial, a pergunta é inevitável: como um filme realizado na Índia com atores indianos e dirigido por um cineasta pouco convencional como Boyle faturou cerca de US$ 80 milhões, saiu consagrado nos principais festivais de cinema ganhando inclusive o Oscar de melhor filme? Mas o sucesso do “vira-lata milionário” se deve por muitas razões.
A principal delas: Danny Boyle. Se antes o britânico podia ser rotulado como “o cara que dirigiu Trainspotting e alcançou sucesso comercial com Extermínio” agora a coisa muda de figura. Um de seus méritos em Quem Quer Ser Um Milionário? foi adaptar um conto de fadas urbano, aliando a pirotecnia eletrizante dos trabalhos anteriores com a estética bollywoodiana. Em menores palavras: ele consegue contar uma história simples de maneira surpreendente.
O filme começa com uma interrogação: “Jamal Malik está a uma pergunta de ganhar 20 milhões de rúpias. Como ele conseguiu?” Um novo letreiro lança as alternativas. Terá Jamal (Dev Patel) trapaceado no jogo de perguntas e respostas? É sorte? Ele é um gênio? Ou…hmmm..está escrito? Com um recurso narrativo simples, Boyle arma a bomba que irá acionar lá no fim do filme. Mas até lá, o espectador ficará vidrado.
http://www.youtube.com/watch?v=K5ps_8N5PdY
Na cena acima, descobrimos que Jamal é um menino pobre e sem estudo, de apenas 18 anos. Seu bom desempenho no jogo soa incoerente ao apresentador do programa que pede à polícia para torturá-lo até confessar a fraude. Na delegacia, o delegado ouve a trajetória insólita do garoto que apesar da pouca idade conviveu com a pobreza, o preconceito e a criminalidade.
De origem muçulmana, Jamal cresceu sem rumo ao lado do irmão Salim, aliciado ao crime organizado, e de Latika (Freida Pinto, muito gata), o grande amor da sua vida. Foi para reencontrá-la que ele se inscreveu no “show do milhão indiano”. E foi a luta pela sobrevivência o conhecimento que proporcionou a ele acertar as perguntas.
Entre flashbacks e o tempo corrente que meneiam a vida de Jamal, a câmera de Boyle registra uma trama onde a decadente e flagelada capital Bombaim dá lugar ao desenvolvimento social e a prosperidade tecnológica. Na infância, o protagonista é visto numa favela percorrendo vielas, casebres e animais. Uma cena em particular chama a atenção: a câmera abandona Jamal e passa a acompanhar uma galinha em movimento. Se Boyle não quis homenagear Fernando Meireles pela abertura de Cidade de Deus, ele emulou a cena inconscientemente. Das duas uma.
Na vida adulta do garoto vemos o renascimento de Bombaim, que passa a se chamar Mumbai. Salpicada de arranha-céus, a cidade que enriqueceu com a informática é captada com onipotência pelo diretor. E é do alto de um prédio em construção que Jamal reencontra Salim, então braço direito do traficante mais temido da região. É com a ajuda do irmão bastardo que ele conseguirá ter acesso ao seu prêmio mais valioso.
Todos esses elementos – amor, corrupção, violência e instinto - se harmonizam num desfecho previsível e melodramático. Um dramalhão escancarado com ares de fábula, no melhor estilo Bollywood. Alie, portanto, essa despretensão com a crítica social e o ritmo eletrônico de Boyle e temos um dos filmes mais originais do ano. Nesse panorama, o roteiro adaptado de Simon Beaufoy funciona como catalisador no sentido equilibrar os excessos da trama. O final em ritmo de dança é uma homenagem tácita do diretor ao cinema indiano.
Numa trajetória marcada por bons momentos – os ótimos Traisnpotting e Cova Rasa - e outros nem tanto – o mediano Sunshine e o péssimo A Praia - Danny Boyle encontra fora do país, o seu golpe de mestre. Com Quem Quer Ser Um Milionário? o diretor finalmente chegou no seu auge. Como ele conseguiu?
A: Ele trapaceou
B. Ele é sortudo
C. Ele é BOM
D: Está escrito
Resposta fácil!

Luana:
- Um dos melhores filmes que já assisti na minha vida!
- A história é comovente, e uma ótima lição de vida.
Entra para um dos filmes que se deve assistir antes de morrer.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Reportagem da Nacional Geographic

Segundo a revista National Geographic menos de 2% da população mundial é ruiva natural, devido a uma mutação no norte da Europa milhares de anos atrás. A genética do cabelo ruivo é complexa já que um dos principais genes que determinam a cor do cabelo tem 40 variantes mas só 6 dão lugar ao vermelho.
Por isso se os ruivos quiserem salvar a sua "espécie", deverão mudar-se para Escócia já que é estimado que 40% dos escoceses são portadores do gene "vermelho" e que 13% são ruivos naturais.Segundo os estudiosos, os ruivos poderiam desaparecer da terra antes de 2060, ainda que outros afirmam que o gene pode permanecer inativo durante gerações para depois voltar a manifestar-se.Por culpa da globalização e principalmente da miscigenação este gene é cada vez mais raro, ainda que só necessite que um dos progenitores seja ruivo para poder transmitir esta característica, esta possibilidade aumenta exponencialmente quando ambos sejam ruivos.A matéria da revista ainda afirma que em princípio o gene "vermelho" tinha como efeito benéfico aumentar a capacidade do corpo humano de sintetizar a vitamina D mediante a luz solar. No entanto atualmente os ruivos são mais propensos ao câncer de pele e têm uma menor tolerância à dor.

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Cara que Triste isso são barabaros.

Lindos, e tudo mais... preciso arrumar antes que acabe mesmo. ou me mudar pra Escócia.

Mas antes da extinção deles veja alguns lindinhos ai!!!